A taxa de poupança das famílias portuguesas alcançou o valor mais elevado desde 2003, situando-se nos 12,6% do rendimento disponível no segundo trimestre deste ano. Apesar deste aumento, os níveis continuam muito abaixo dos registados nas décadas de 1970 e 1980, quando os portugueses poupavam cerca de um terço do seu rendimento.
Segundo dados do Banco de Portugal, o valor máximo histórico foi atingido em 1972, com uma taxa de poupança de 31,2%. Durante os anos seguintes manteve-se próxima dos 20%, mas começou a cair nos anos 90, atingindo o mínimo em 2008, em plena crise financeira.
Durante a pandemia, em 2020, a poupança voltou a aumentar de forma expressiva, atingindo 12%, devido aos confinamentos e à incerteza económica. Depois de recuos nos dois anos seguintes, a tendência inverteu-se em 2023 e 2024, com a taxa a atingir o nível mais alto em mais de duas décadas.
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De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento da poupança deveu-se ao facto de o rendimento disponível bruto ter aumentado 1,5%, enquanto a despesa de consumo final subiu apenas 1,4%.
Um estudo realizado pela TGM Research Institute para a XTB mostra que 72% dos portugueses conseguem poupar parte do seu rendimento mensal, embora a maioria guarde apenas pequenas percentagens. Mais de um terço poupa entre 5% e 10% do rendimento, e apenas 16% consegue reservar mais de 20%.
Entre as principais motivações para poupar estão a preparação para despesas inesperadas (37%) e a concretização de objetivos pessoais (36%). Já as principais dificuldades apontadas são as despesas fixas elevadas (49%) e os baixos rendimentos (47%).
O Dia Mundial da Poupança, que se celebra hoje, foi criado pela Sociedade Mundial de Bancos de Poupança com o objetivo de incentivar a poupança pessoal e promover a estabilidade financeira das famílias.
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