O distrito de Coimbra está esta terça-feira sob um cenário preocupante no que diz respeito ao risco de incêndio rural, com o concelho de Penela classificado em risco máximo, de acordo com a mais recente avaliação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Este nível é o mais grave numa escala de cinco, refletindo condições meteorológicas extremas que favorecem a ignição e rápida propagação de fogos.
Condeixa-a-Nova apresenta risco elevado, enquanto Montemor-o-Velho regista um risco moderado. Os restantes concelhos do distrito, incluindo Arganil, Coimbra, Cantanhede, Lousã, Pampilhosa da Serra, entre outros, estão classificados em risco muito elevado, o segundo nível mais crítico na escala do IPMA.
No total, mais de 80 concelhos em todo o território continental português enfrentam atualmente risco máximo de incêndio, sobretudo nas regiões Norte e Centro, que têm sido particularmente afetadas desde julho. As elevadas temperaturas, aliadas à baixa humidade e vento, contribuíram para a multiplicação dos focos de incêndio, o que levou o Governo a declarar situação de alerta desde 2 de agosto.
Até 19 de agosto, segundo dados provisórios, já arderam 201.419 hectares em Portugal, ultrapassando a área total consumida pelo fogo durante todo o ano de 2024.
Apesar do cenário atual, o IPMA prevê um desagravamento gradual do risco de incêndio nos próximos dias, dependendo da evolução das condições meteorológicas. Ainda assim, as autoridades mantêm o apelo à população para que redobre os cuidados, evite comportamentos de risco e colabore com os serviços de proteção civil.
