A linha SNS 24 enfrenta uma forte sobrecarga e um estudo prevê que a situação se agrave nos próximos meses. Durante o inverno, cerca de um milhão de chamadas poderão ficar por atender — cerca de 300 mil por mês.
O serviço, que serve para orientar os utentes e aliviar as urgências hospitalares, já registou tempos de espera recorde: há quem aguarde até 40 minutos. Só este ano, e até setembro, quase um milhão e meio de chamadas ficaram sem resposta, apesar do esforço dos mais de três mil profissionais que ali trabalham.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconhece as dificuldades mas garante que o reforço de recursos humanos vai acontecer ainda este inverno.
Os médicos, por outro lado, criticam o facto de a linha estar entregue a um operador privado — a Altice —, que tem contrato com o Estado até 2027, no valor de 51 milhões de euros. A empresa afirma que o plano de inverno inclui mais trabalhadores e novas soluções com recurso a Inteligência Artificial.
Entretanto, os problemas nas urgências continuam. Este fim de semana há vários serviços com limitações, sobretudo nas áreas de obstetrícia, ginecologia e pediatria. Amanhã, a urgência de obstetrícia e ginecologia do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, estará encerrada.
