O Auditório Madalena Biscaia Perdigão recebeu na passada quinta-feira, data em que se assinalou o Dia Mundial da Saúde Mental, o I Ciclo das Jornadas de Saúde Mental, organizado pelo Município da Figueira da Foz em parceria com o Núcleo Distrital de Coimbra da European Anti Poverty Network (EAPN).
Subordinadas ao tema “A Saúde Mental ao longo do Ciclo Vital” e também enquadradas no Programa Municipal Figueira Cidade Saudável, as Jornadas contaram com cerca de duas centenas de participantes.
Ao longo do dia especialistas, profissionais com intervenção na área e familiares debateram os desafios e as mudanças necessárias para uma verdadeira promoção da saúde mental e para uma intervenção mais eficaz na doença mental.
Na sua intervenção de abertura das Jornadas, a vereadora do Pelouro da Saúde, Olga Brás, lembrou tempos – não muito distantes – em que não se falava de saúde mental e se chegavam a cometer algumas atrocidades por vergonha de quem fugia aos padrões da suposta “normalidade”.
Olga Brás referiu que “a dignidade da pessoa humana é um conceito que tem vindo a sofrer muitas alterações ao longo dos anos” e salientou que em relação às questões da saúde mental a epidemia de COVID -19 “foi um ponto de viragem”, pois “é provavelmente à pandemia que devemos a oportunidade de hoje podermos, sem receio, falar de crises de ansiedade, ou fazer terapia ou meditação e começar a cuidar da saúde mental como cuidamos da saúde do corpo.”
A autarca salientou que a “Saúde Mental é feita de tantos delicados equilíbrios” e vincou a importância de termos noção que o outro “neste ou naquele momento de maior fragilidade precisa, sempre, de Humanidade”.
“Esse é o grande farol que não podemos, nunca, perder de vista nem fechar em nenhum barracão.”, frisou Olga Brás.