O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um agravamento significativo do estado do tempo nos próximos dias devido à depressão Éowyn. As condições meteorológicas incluem períodos de chuva forte, especialmente no Norte e Centro, acompanhados de trovoadas, vento com rajadas que podem atingir os 90 km/h e agitação marítima com ondas até 7 metros. A partir de dia 27, espera-se ainda queda de neve nas regiões Norte e Centro.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) alerta para possíveis variações nos níveis hidrométricos em várias bacias hidrográficas. Estas incluem o aumento significativo de afluências nos rios Minho, Coura, Lima, Cávado, Douro, Vouga e Mondego, com impactos nas zonas ribeirinhas, especialmente em Ponte de Lima, Ponte da Barca e Coimbra. Na bacia do Tejo, são esperados caudais elevados, embora sem situações críticas provenientes de Espanha.
Os efeitos esperados incluem inundações urbanas devido à acumulação de águas pluviais, cheias resultantes do transbordo de rios e ribeiras, e instabilidade de encostas, com riscos de deslizamentos de terras e derrocadas. Adicionalmente, o piso rodoviário poderá apresentar condições perigosas devido à formação de lençóis de água ou acumulação de neve, e a forte agitação marítima pode causar acidentes na orla costeira.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) reforça que a adoção de medidas preventivas pode mitigar os impactos destas condições adversas. É recomendado garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais, fixar estruturas móveis, e evitar a circulação em zonas costeiras e ribeirinhas vulneráveis. A população deve estar especialmente atenta à queda de ramos e árvores devido ao vento forte.
No caso de nevões, a ANEPC aconselha cuidados redobrados na circulação rodoviária. É fundamental verificar os pneus, levar correntes de neve, garantir combustível suficiente e evitar viagens em estradas afetadas por neve, sobretudo com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais.
A forte agitação marítima exige que se evitem atividades na orla costeira, como a pesca desportiva e passeios à beira-mar, além de se abster do estacionamento de veículos próximo da costa. Para segurança, deve ser adotada uma condução defensiva e prudente, com atenção a eventuais lençóis de água ou gelo nas vias.
Nas áreas ribeirinhas, é recomendado retirar animais, veículos e equipamentos agrícolas ou industriais para locais seguros, prevenindo perdas devido a inundações. É igualmente essencial evitar a travessia de zonas inundadas, para prevenir acidentes com pessoas ou veículos.
A população deve acompanhar as atualizações meteorológicas e seguir as indicações da Proteção Civil e das forças de segurança, para garantir a máxima segurança face aos efeitos da depressão Éowyn.
