O Cercal Rock regressa hoje à aldeia do Cercal, no concelho de Soure, para celebrar a 28.ª edição de um dos festivais de rock mais emblemáticos da região. Organizado pela Banda Balbúrdia, com o apoio do Município de Soure, o evento volta a afirmar-se como um ponto de encontro entre gerações e um símbolo da identidade cultural local.
Na apresentação do festival, a vice-presidente da Câmara Municipal de Soure, Teresa Pedrosa, destacou que o Cercal Rock “é um festival já com 28 anos de existência, que se realiza numa freguesia que muito nos orgulha”. A autarca sublinhou que “é um prazer e uma missão contribuir para a divulgação e promoção deste tipo de eventos”, realçando ainda o seu público “muito direcionado, mas que, ao longo das edições, tem reunido várias gerações”.
João Paulo Castanheira, fundador do grupo Balbúrdia, recordou que o festival nasceu em 1997 “como uma tentativa de criar um evento que reunisse condições dignas para que as bandas pudessem mostrar o seu trabalho e o público o pudesse usufruir”. Desde então, afirmou, o Cercal Rock foi “crescendo com novas dinâmicas e horizontes”.
Para Guilherme Castanheira, presidente da Banda do Cercal, o festival é “prova viva do dinamismo cultural” da aldeia. “O Cercal é uma aldeia cada vez mais desabitada, mas continuamos a fazer acontecer”, frisou, acrescentando que muitos antigos moradores regressam de propósito em novembro para viver o ambiente do festival que descreve como “a festa da aldeia”.
A edição deste ano conta com quatro bandas: Balbúrdia, Fitacola — que regressam ao Cercal 20 anos depois da primeira passagem —, Peter Strange e Abandonados. Os portões abrem às 22h00 e os concertos começam às 22h30, após a habitual sessão protocolar.
Os bilhetes custam 10 euros. Mantendo-se sem fins lucrativos, o festival continua a apostar na promoção da nova música portuguesa e no reforço da ligação entre o território, a comunidade e o rock nacional.
