A Polícia de Segurança Pública (PSP) terminou, no dia 24 de outubro, a operação de âmbito nacional “Bullying é Para Fracos”, direcionada aos alunos do 1.º, 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, bem como a professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação.
Durante o decorrer da operação, as Equipas do Programa Escola Segura (EPES) intensificaram as ações de sensibilização subordinadas às temáticas do bullying e cyberbullying junto da comunidade escolar, tendo sido ainda assinalado o Dia Mundial de Combate ao Bullying, que se celebrou no dia 20 de outubro.
No âmbito desta operação a PSP, através das EPES, realizou 1.021 ações de sensibilização sobre bullying e cyberbullying, nas quais participaram 29.873 alunos, professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de educação. Foram abrangidos 609 estabelecimento de ensino, tendo ainda sido efetuados 1.420 contactos individuais de prevenção criminal.
Na edição deste ano as EPES alertaram, em especial, para os efeitos que o cyberbullying pode produzir junto das vítimas. O facto deste comportamento ocorrer no espaço digital acarreta uma série de problemas acrescidos em comparação com o bullying, pois prolonga-se 24h por dia, é indelével e a vítima sente que não tem onde se refugiar, nem por um curto período de tempo. Isto faz com o que o cyberbullying acabe por causar danos ainda mais nefastos nas vítimas, apesar de não ser praticado de forma presencial.
A PSP volta a relembrar alguns sinais e indícios aos quais pais/encarregados de educação e a restante comunidade escolar devem estar atentos, apelando a uma deteção o mais precoce possível dos mesmos e respetiva denúncia à PSP.
A PSP aconselha a estar atentos a diversos comportamentos das vítimas, tais como perturbações alimentares e/ou perturbações do sono; desinteresse por atividades que as cativavam; quebra do rendimento escolar; mudança de amigos; tentativas e/ou ameaças de suicídio. Para além disso, é importante estar atentos a alguns sinais/indícios, nomeadamente hematomas, cortes, arranhões; dores de cabeça e/ou dores de barriga; material escolar danificado ou que desaparece; ansiedade/depressão; agressividade/timidez ou isolamento.
No âmbito da operação, a PSP apresenta algumas formas de ajudar as vítimas em circunstâncias de bullying ou cyberbullying como não discriminar nem censurar; incluir as vítimas nas atividades do grupo; incentivar à prática de atividades de que gostam; promover a autoestima; e não partilhar conteúdos representativas destes comportamentos na internet.
A PSP relembra que os polícias afetos às EPES encontram-se sempre presentes e disponíveis para receberem denúncias, aconselharem e apoiarem as vítimas e as respetivas famílias.
Estas denúncias podem ser efetuadas, quer de forma presencial junto das EPES ou numa Esquadra da PSP, quer através do e-mail dedicado escolasegura@psp.pt.
