PUBLICIDADE


PUBLICIDADE



Belaberry | 10 anos destruídos pelo fogo: “Temos uma missão pela frente para continuar”

Filipe Pratas @Beira Digital TV

Os incêndios que deflagraram recentemente na Serra da Lousã atingiram duramente a exploração de mirtilos de Filipe Pratas, que perdeu o armazém e grande parte da produção. Em entrevista à Beira Digital TV, o produtor descreveu os momentos de aflição e a dimensão dos estragos.

“O incêndio já vinha de quinta-feira. Na sexta, quando cheguei aqui, vi os meios aéreos a combater e pensei que não nos ia tocar. Mesmo assim, tentei prevenir-nos”, relatou, explicando que utilizou o trator e pulverizadores para regar o pomar e criar barreiras de proteção.

Contudo, a situação rapidamente se agravou. “Quando os meios aéreos saem, a situação descontrolou-se muito rápido. Começou a chover fogo por todo o lado, ficámos sem água e sem eletricidade. Quando o armazém pegou fogo foi tudo muito rápido. Perdi 10 anos de investimentos e tudo o que lá tínhamos”, afirmou.

Entre as perdas, Filipe enumerou “fruta já colhida, câmaras de frio, alfaias, produtos, roupa, louças e até uma cozinha”. Na plantação, algumas filas de mirtilos resistiram, mas o produtor teme que, à semelhança do que aconteceu em 2017, muitas plantas não voltem a recuperar.

Apesar do cenário, a determinação mantém-se. “Este apoio todo que temos recebido dá-nos força. Sozinhos não conseguiríamos. Temos aqui uma missão pela frente para continuar”, disse, referindo que já estão a recolher contributos através de canais como o GoFundMe.

A colheita de mirtilos foi retomada, com entregas previstas em mercados locais, na tentativa de recuperar alguma normalidade. No entanto, o futuro exige investimento imediato em rega, tubagens e vedação de terrenos. “O incêndio destruiu tudo, até as vedações que protegiam a produção dos animais selvagens. Temos de começar de novo”, concluiu Filipe Pratas.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *