Os estudantes do 2º, 5º e 8º ano estão com dificuldade em aprender os conteúdos das disciplinas de Português, Matemática e Ciências Naturais, revelam os Resultados Nacionais das Provas de Aferição do Ensino Básico de 2024.
Em nota enviada à Beira Digital TV, o Ministério da Educação, com base nos resultados das Provas de Aferição de 2024, destaca que os resultados na prova de Português do 8º ano revelam aprendizagens consideravelmente menos consolidadas do que em anos anteriores, nomeadamente no domínio da leitura e, em geral, nas competências recetivas (compreensão).
Os resultados da prova de Matemática e Ciências Naturais do 5º ano têm vindo a evidenciar um sistemático decréscimo de qualidade das aprendizagens, independentemente do ano e do instrumento de avaliação utilizado.
O Ministério refere ainda ser preocupante “os baixos resultados referentes aos domínios das Ciências Naturais do 5º ano”.
A publicação deste relatório nacional fecha o ciclo das Provas de Aferição. A partir deste ano letivo, realizam-se Provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA) no 4º e 6º anos (anos terminais de ciclo) a Português, a Matemática e a uma disciplina rotativa a cada três anos, cumprindo-se um dos objetivos plasmados no Programa do Governo.
Na nota lê-se que o novo modelo de avaliação externa dos alunos do Ensino Básico “vai permitir a comparabilidade dos resultados entre anos letivos e entre anos de escolaridade, assumindo-se como um instrumento ao serviço das escolas e dos professores, robustecendo o diagnóstico das aprendizagens a melhorar”. Assim, será possível verificar as tendências de evolução dos resultados dos alunos, implementando-se em Portugal um modelo de monitorização que acompanha as melhores práticas internacionais.
Para que essa melhoria possa acontecer, é essencial que os relatórios de escola, de turma e de aluno sejam divulgados antecipadamente, antes do início do ano letivo, já que contêm informação detalhada e com valor formativo para os estabelecimentos de ensino refletirem sobre as estratégias pedagógicas e didáticas a adotar, com o fim de promoverem a melhoria das aprendizagens e o sucesso educativo dos alunos. Foi o que já aconteceu neste ano letivo, com estes relatórios a serem disponibilizados atempadamente.
Para que a avaliação externa contribua para diagnósticos a nível sistémico, importa assegurar que a publicação do relatório nacional é efetuada o mais cedo possível.
A partir deste ano letivo, será anualmente no início de novembro, oferecendo previsibilidade à publicação e análise dos dados sobre os desempenhos dos alunos. Também a partir deste ano letivo, para além do relatório nacional, haverá relatórios a nível de concelho, de modo a informar a nível local sobre ponto de situação das aprendizagens.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação considera que “o novo modelo de avaliação permitirá melhorar consideravelmente a monitorização das aprendizagens e às escolas aprimorar as suas estratégias de melhoria do sucesso escolar dos alunos”.